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As biotecnologias terão um impacto profundo na vida quotidiana durante o século XXI. Entre elas, as tecnologias de biodeteção prometem melhorar o modo como as pessoas monitorizam o estado do seu corpo, o que é auspicioso para o futuro dos serviços de saúde e do bem-estar, mas também para o planeamento e a gestão urbana. As iniciativas contemporâneas de cidades inteligentes têm sido consideradas o futuro da gestão e do desenho urbano, e os sensores urbanos têm sido instrumentais para a criação de infraestruturas inteligentes.

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Neste processo, o uso dos cidadãos como sensores, através da captura de dados gerados por smartphones, abriu as portas ao uso de dados de biodetetores em iniciativas de cidades inteligentes. Em combinação com sistemas de posicionamento global (GPS), biodetetores móveis podem providenciar um vasto espetro de informação biológica que pode ser relacionada com as características do ambiente urbano. No entanto, o uso de dados de biodetetores no desenho e na gestão da cidade levanta várias preocupações, nomeadamente questões relacionadas com privacidade, análise de dados, e as implicações políticas do uso destes dados.


Não obstante, os cidadãos já estão a usar vários tipos de biodetetores no seu quotidiano. Sensores de batimentos cardíacos, monitores de sono, ou medidores de peso, geralmente conetados a aplicações de smartphone, permitem que indivíduos recolham e interpretem biodados para monitorizar o estado e a performance do seu corpo. Estes dispositivos e as respetivas aplicações também oferecem frequentemente informação ambiental, seja por rastrear dados através de GPS, ou por providenciar informação meteorológica ou ambiental, por exemplo, sobre ruído ou poluição. Se a emergência de dados de biodetetores na vida urbana parece inescapável, então cabe aos geógrafos estudarestes processos e liderar o caminho em direção a um uso mais inovador, rigoroso, e justo da biodeteção no estudo da vida urbana.

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UrBio abraça este desafio ao explorar o uso de biodetetores no planeamento e design urbano, tendo em conta os fenómenos sociais e cultural contextuais que medeiam a recepção e novas tecnologias de biodeteção e aproveitando a oportunidade para experimentar novas abordagens participativas com cidadãos empoderados por dados.
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Biotechnologies will have a profound impact on everyday life during the twentieth-first century.

Among these, biosensing technologies show a great promise to improve the way people monitor their bodily states, which is auspicious for the future of health and well-being services, but also for city planning and management. Smart city initiatives have been understood as the future of urban design and management, and city sensors have been instrumental in the making of smart infrastructure.

 

Within this process, the use of citizens-as-sensors, through the capture of smartphone-generated data, has paved the way for the use of biosensor data in smart city initiatives. In combination with global positioning systems (GPS), mobile biosensors can provide a wide range of biological information that can be related to the features of the urban environment. However, the use of biosensing data for city design and management raises a wide range of concerns, namely issues related to privacy, data analysis, and the political implications of the use of this data.

 

Notwithstanding, citizens are already using biosensors of many kinds in their daily lives. Heart rate monitors, sleep monitors, or weight trackers, often linked to smartphone apps, allow individuals to collect and interpret biodata to monitor their bodily state and performance. Often these devices and respective apps also offer geographical information, either by tracking data through GPS, or by providing environmental information on noise, pollution, or the weather. If the emergence of biosensing data in urban daily life seems ineluctable, then geographers must attune to these processes and lead the way toward a cutting-edge, rigorous, and fair use of biosensors in the study of urban life.

 

UrBio tackles this challenge by exploring the use of biosensors in urban planning and design, taking into account the contextual social and cultural phenomena that mediate the reception of new biosensing technologies and taking the opportunity to experiment new participatory approaches with data-empowered citizens.

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